O mundo mora em mim
No entanto eu não pertenço à ele.
Sou toda surreal
Como a própria realidade
Casa de muitas cores
E de portas delicadas
Mas firmemente trancadas
Pela beleza de seu chão e janelas
Preservadas.
Não obstante,
Um doce vento num sussurro
Pode encantá-las
E se entranhar em suas frestas sem barreiras
Numa clara expansão que sabe
Sentir os contornos do mar
Devagar, devagar...
Andando nessa estrada por vezes
Me encontro
Fora de mim
Longe, longe
Voando em meus pensamentos
Num mergulho profundo
No que é imensidão...
Longe, tão longe
Onde o olhar não acalma
A estupefata alma
Diante do insoluvel mistério de si mesma.
Mas mesmo assim posso voltar
Se em teu olhar perceber minha asa
Ponto de partida ao encontro
De tão serenas falas
Num íntimo retorno à nossa casa
Onde o sorriso diz do caminho que se instaura
E o silêncio fala aquilo que se cala.
Carolina Pinheiro is a musician, singer and composer of Pernambuco. Her song blend World Music and mistical letters with emphasis in ethnical -and ethical- expressions of indigenous and afro-brazilian people. Carolina plays acoustic guitar, portuguese guitar, violoncello, flutes and worked with great brazilian artists like Naná Vasconcelos. She has participated on tours around Europe with the group Chão e Chinelo.
sábado, 15 de maio de 2010
Poema meu que usei para fazer o convite de casamento
Há um caminho pra nós dois
onde o perdão soterra a dor
a compreensão instaura o diálogo
e a confiança abre o coração
há um caminho pra nós dois
onde a amizade enraiza o amor
o respeito supera as diferenças
e a razão está ao lado da paixão
um lugar onde cada um de nós
ajudará o outro a remover as pedras atiradas
e que ainda ressoam em nossos ouvidos
e com isso consigamos dar um passo à frente
e construir, construir
construir até mesmo com essas pedras
e permeá-las de luz.
Um lugar onde só será preciso um olhar
pra entender o que nos vai no íntimo do nosso ser
onde o silêncio seja a música
e o falar seja só uma redundância absolutamente desnecessária
só justificável por um poema
um caminho estreito e delicado
mas pleno da vida verdadeira
onde, lúcidos, viveremos a essência
do que realmente importa que vivamos
aquilo que, quando enfim partirmos,
nos encherá do contentamento e esperança dos que amaram
e viveram sobre as asas livres do Consolador
dos que, nesse mundo, só almejaram voar, voar
e voaram
por sobre essa estrada de luz em que andaram.
onde o perdão soterra a dor
a compreensão instaura o diálogo
e a confiança abre o coração
há um caminho pra nós dois
onde a amizade enraiza o amor
o respeito supera as diferenças
e a razão está ao lado da paixão
um lugar onde cada um de nós
ajudará o outro a remover as pedras atiradas
e que ainda ressoam em nossos ouvidos
e com isso consigamos dar um passo à frente
e construir, construir
construir até mesmo com essas pedras
e permeá-las de luz.
Um lugar onde só será preciso um olhar
pra entender o que nos vai no íntimo do nosso ser
onde o silêncio seja a música
e o falar seja só uma redundância absolutamente desnecessária
só justificável por um poema
um caminho estreito e delicado
mas pleno da vida verdadeira
onde, lúcidos, viveremos a essência
do que realmente importa que vivamos
aquilo que, quando enfim partirmos,
nos encherá do contentamento e esperança dos que amaram
e viveram sobre as asas livres do Consolador
dos que, nesse mundo, só almejaram voar, voar
e voaram
por sobre essa estrada de luz em que andaram.
Convite do nosso casamento
Queremos estar diante de Deus no altar.
Nossos pais,
E nós dois, Carolina e Edilson,
Estaremos muito felizes em lhe receber no dia 30 de janeiro de 2010
Ao entardecer, uma hora antes da hora do ângelus
E queremos estar cercados das pessoas que estão dentro de nós.
Nós dois queremos o um, que sejamos um
Um só caminho a trilhar.
Queremos que nossa casa seja edificada na rocha
Que nossas horas transbordem do que realmente importa
Que o nosso olhar esteja fora do mundo
Que a nossa vida seja plena de tudo que o nosso Pai sonhou pra nós
Queremos que o que somos seja o que seremos
Que construamos um lar onde haja um lugar de encontro entre silêncio e som
Um lugar onde só será preciso um olhar
Pra entender o que nos vai no íntimo do nosso ser
Onde o silêncio seja a música e o falar seja só uma redundância absolutamente desnecessária
Só justificável por um poema
Um caminho estreito e delicado, mas pleno da vida verdadeira
Onde, lúcidos, viveremos a essência do que realmente importa que vivamos
Aquilo que, quando enfim partirmos, nos encherá do contentamento e esperança dos que amaram
E viveram sobre as asas livres do Consolador
Dos que, nesse mundo, só almejaram voar, voar
E voaram
Por sobre essa estrada de luz em que andaram.
Nossos pais,
E nós dois, Carolina e Edilson,
Estaremos muito felizes em lhe receber no dia 30 de janeiro de 2010
Ao entardecer, uma hora antes da hora do ângelus
E queremos estar cercados das pessoas que estão dentro de nós.
Nós dois queremos o um, que sejamos um
Um só caminho a trilhar.
Queremos que nossa casa seja edificada na rocha
Que nossas horas transbordem do que realmente importa
Que o nosso olhar esteja fora do mundo
Que a nossa vida seja plena de tudo que o nosso Pai sonhou pra nós
Queremos que o que somos seja o que seremos
Que construamos um lar onde haja um lugar de encontro entre silêncio e som
Um lugar onde só será preciso um olhar
Pra entender o que nos vai no íntimo do nosso ser
Onde o silêncio seja a música e o falar seja só uma redundância absolutamente desnecessária
Só justificável por um poema
Um caminho estreito e delicado, mas pleno da vida verdadeira
Onde, lúcidos, viveremos a essência do que realmente importa que vivamos
Aquilo que, quando enfim partirmos, nos encherá do contentamento e esperança dos que amaram
E viveram sobre as asas livres do Consolador
Dos que, nesse mundo, só almejaram voar, voar
E voaram
Por sobre essa estrada de luz em que andaram.
O que é fazer música?
Derramar-se do que somos feitos
E permitir que o Inominável traduza-se em nós
Sem marcas do passado nem distinção de origem.
A forma flui
Não de acordo com o instrumento
Mas conforme a sua disponibilidade para a missão
A sua capacidade de desejar o que não é desse mundo
E escutar o silêncio.
É um mergulhar no outro e velejar com ele
Onde a fé que os fará andar sobre as águas
É que não permitirá cairem em terra seca
Ou naufragarem na humanidade em que transitamos.
É num compasso irmos além de tudo
E contemplarmos o tempo de Infinito.
E permitir que o Inominável traduza-se em nós
Sem marcas do passado nem distinção de origem.
A forma flui
Não de acordo com o instrumento
Mas conforme a sua disponibilidade para a missão
A sua capacidade de desejar o que não é desse mundo
E escutar o silêncio.
É um mergulhar no outro e velejar com ele
Onde a fé que os fará andar sobre as águas
É que não permitirá cairem em terra seca
Ou naufragarem na humanidade em que transitamos.
É num compasso irmos além de tudo
E contemplarmos o tempo de Infinito.
Assinar:
Postagens (Atom)